O conceito de juventude não tem contornos precisos. Geralmente é concebida como uma etapa da vida privilegiada situada entre a maturidade biológica e a maturidade social, o que permite lhe asociar as idéias de tempo livre, desprovido de responsabilidades econômicas e familiares. Muitos esforços foram realizados para tentar entender melhor a sociologia deste grupo. Para os pesquisadores Margulis e Urresti , “ a juventude é mais do que uma palavra” . De fato, ela não pode ser reduzida a uma simples categoria: os critérios científicos habituais não parecem transcrever a complexidade deste conceito. No seu texto , Maria Virginia FREITAS põe em relevo um problema de identificação: se a juventude pode ser situada entre a etapa da infância e a da adulta, não se pode utilizar os mesmos critérios tais como a idade, a situação profissional, familiar, em sociedades diferentes.
[...] Além disso, o tratamento mediático sempre propoe uma visão estigmatizada dos jovens especialmente se são negros e pobres. Contudo, é necessário resgatar duas coisas: a primeira é a auto-estima dos jovens e a segunda, a sua visibilidade social. Thais Zimbwe, no seu texto[7], tem mostrado como a cultura pode criar uma ponte entre as prácticas artísticas dos jovens e os seus futuros. Fundando-se sobre particularidades regionais, alguns grupos conseguiram favorecer a integração dos jovens, a promoção da juventude graças a programas educativos e profissionais. [...]
[...] A partir deste momento, o termo juventude vai ganhar espaço, dado que representa um instrumento para compreender e formular políticas adequadas para as juventudes brasileiras. Temos que precisar aqui que o caso brasileiro é bastante particular, dado as grandes desigualdades sociais, raciais que se observam na sociedade. Nesta sociedade se ilustra perfeitamente a diversidade já evocada da juventude. Coexistem jovens ricos, na maioria nas grandes cidades, que têm acesso à educação, ao trabalho enquanto os mais pobres têm umas práticas e sociabilidades diferentes e oportunidades de trabalho menores. [...]
[...] Conceito de juventude, juventudes brasileiras e geração” O conceito de juventude não tem contornos precisos. Geralmente é concebida como uma etapa da vida privilegiada situada entre a maturidade biológica e a maturidade social, o que permite lhe asociar as idéias de tempo livre, desprovido de responsabilidades econômicas e familiares. Muitos esforços foram realizados para tentar entender melhor a sociologia deste grupo. Para os pesquisadores Margulis e Urresti[1], a juventude é mais do que uma palavra”[2]. De fato, ela não pode ser reduzida a uma simples categoria: os critérios científicos habituais não parecem transcrever a complexidade deste conceito. [...]
[...] Entre outros pontos, elas sublinham a importância de não conceber a juventude como uma identidade própria. Para elas, políticas públicas a caráter universalista permitiriam a exaltação de um sentimento cidadão. À modo de conclusão, tal vez poderíamos pensar, para resolver o problema do acesso da juventude no mercado laboral, a instituir políticas de curto termo, como por exemplo, contratos de trabalho especiais para os jovens, que levem em consideração as especificidades da região na qual moram, sobre o paradigma cultural mostrado através dos projetos de grupos locais descritos no texto de Zimbwe. [...]
[...] Deste ponto de vista, parece mais idóneo evocar juventudes que a juventude no singular, esta se caracterizando justamente por ser diversa e relativa. A cada geração ou classe corresponde uma juventude particular que desenvolve uma linguagem, comportamentos e formas de sociabilidades específicos. Maria Virginia FREITAS assimila a juventude com a geração que implica a divisão de experiência e de indivíduos nascidos ao curso de um mesmo período histórico. Assim, a geração dos jovens de Maio 68 não tem muito a ver com a de hoje. [...]
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