Marília de Dirceu é uma colectânea de poemas do século XVIII escritos por Tomás António Gonzaga, também autor das Cartas Chilenas, crítica ao governo colonial. A sua obra, Marília de Dirceu é dividida em três partes e constitui uma declaração de amor de Dirceu, o « eu » poético à amada, Marília, que é também a sua musa. A lira à qual nos vamos interessar é a lira 4 da primeira parte. Esta lira relata a evolução das relações entre Dirceu e Marília com ; primeiro o encontro, os esforços de Dirceu para conquistar Marília, o sucesso destes esforços e finalmente a separação. Destacam-se nesta evolução dois temas que são : as manifestações do amor entre Dirceu e Marília e o sofrimento de Dirceu ligado a este amor, que vamos estudar após ter estudado os aspectos formais do poema.
[...] Além disso vemos que agora se trata da vista e não dos olhos e do riso em oposição ao sorriso ; podemos ver que aqui, Dirceu ja não nos fala dos atributos do físico de Marília mas dos seu gestos, das suas atitudes. É como se o quadro que ele estava a pintar animava-se. Os dois adjectivos utilizados : furtiva e imperfeito mostram que Marília não é perfeita mas que é isso que atrai Dirceu. Com efeito, a vista furtiva e o riso imperfeito é que são responsáveis do sofrimento dele. [...]
[...] A lira à qual nos vamos interessar é a lira 4 da primeira parte. Esta lira relata a evolução das relações entre Dirceu e Marília com ; primeiro o encontro, os esforços de Dirceu para conquistar Marília, o sucesso destes esforços e finalmente a separação. Destacam-se nesta evolução dois temas que são : as manifestações do amor entre Dirceu e Marília e o sofrimento de Dirceu ligado a este amor, que vamos estudar após ter estudado os aspectos formais do poema. [...]
[...] Primeiro podemos supor que este calor simboliza a vergonha que faz com que as pessoas corem e sintam calor no rosto, teoria que concordaria com a imagem que Dirceu parece ter do ciúme. A segunda suposição que podemos fazer acerca deste vivo calor é que ele representa a cólera que ele sente por causa do ciúme. Na sétima estrofe, o amor de Dirceu é demostrado de outra maneira, pela partilha dos sentimentos. Com efeito, neste verso, ele revela a sua fusão com Marília na partilha dos seus sentimentos o que é salientado pelo paralelismo das estructuras dos versos Se estavas alegre Dirceu se alegrava Ele parece viver com ela e através dela. [...]
[...] O amor de Marília por Dirceu parece então ser um amor forte e verdadeiro. Finalmente, vemos, nos dois últimos versos que o amor não foi eterno e que Marília deixou Dirceu, rompendo a promessa [ ] que o fado tirano Te obriga a deixar-me Vemos então que o amor de Marília não foi tão grande como aquele de Dirceu que até depois da traição lhe perdoa e desculpa-a Mas eu te desculpo o que é incontestavelmente uma marca de amor. [...]
[...] Mas, o sofrimento de Dirceu é também psicológico. Esta dor psicológica é retomada a cada verso com o bordão Marília, escuta Um triste pastor O adjectivo triste caracteriza o estado de Dirceu, estado ligado sem dúvida ao amor, tendo em conta a temática do poema. Além disso, na sétima estrofe, Dirceu evoca a dor (“Dirceu suspirava A força da mas desta vez esta dor é a dor de Marília que ele, sendo tão próximo dela, partilha. Portanto, Dirceu tem que aguentar a sua própria dor e a dor de Marília. [...]
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