Alberto Caeiro é considerado como o mestre dos heterónimos. Ele foi criado pelo renomado poeta modernista português do século XX: Fernando Pessoa. O movimento estético modernista fez surgir a literatura, associada as artes plásticas e relacionada com vários -ismos, como o Intersecionismo, o Cubismo, ou o Sensacionismo, durante uma época de euforia devido a industrialização. Graças à revista Orpheu, publicou-se pela primeira vez poemas de autores modernistas, que contestaram a ordem literário, levando a escândalo. Este heterónimo tem uma biografia, fisionomia, e personalidade própria. Ambos os três se repercutem na sua escrita, tento mais que é uma personagem que não teve instrução, para além da primaria, razão pela qual os seus poemas são escritos numa linguagem simples, objetivas, sem rima e sem regularidade métrica. Alberto Caeiro é um poeta do real objetivo, pois ele expresse a aceitação serena da realidade e vai saborear cada impressão que vai ser captada pelo seu olhar, como se fosse uma criança. Trata-se de um poema bucólico, pois Alberto Caeiro pretende fazer parte da natureza. Ele explica que uma filosofia de vida é feita de simplicidade e de naturalidade, ambas encontradas no campo. Ele é também o criador do Sensacionismo, isto é um fundamento ou teoria cujas ideias são provenientes, exclusivamente, das sensações, e recuso o pensamento na sua escrita. Mas será que, na poesia de Alberto Caeiro, existe um paradoxo? será que sua escrita é especial e original? É o que afirma Jacinto Prado Coelho na sua obra Diversidade e Unidade em Fernando Pessoa. Ele questiona-se: “Mas como podia Caeiro exprimir linguisticamente a infinita diversidade, as incontornáveis metamorfoses do mundo?”. Podemos então perguntar- nos se a poesia de Alberto Caeiro é realmente paradoxal?
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