Florbela Espanca é uma poetisa do século XX que escreveu, entre outros, o soneto Amar. Neste poema, Florbela Espanca exprime o seu desejo de amar e expõe também a sua visão do amor. O que nos vai interessar neste texto são principalmente os aspectos formais; de fato vamos estudar as estrofes, os versos, as rimas, o ritmo, etc. O poema Amar, é composto por quatorze versos, duas quadras e dois tercetos, é então claramente um soneto. Os versos são todos decasilabos e foram obtidos através da utilização de varias liçenças poéticas.
[...] pra/ me en/con/trar/ . Temos também a sincope, supressão de uma letra ou sílaba dentro da palavra, nos versos 11 e 14 com a palavra "para" que se transforma em o que permite suprimir uma silaba. A nivel das licenças poéticas, Florbela Espanca utilizou também a sinalefa, fusão da sílaba final duma palavra com a inicial da palavra seguinte, no terceiro verso : Ouro" e também a sinérese com a palavra "dia" que so compta para uma silaba no décimo segundo verso. [...]
[...] Neste poema, Florbela Espanca exprime o seu desejo de amar e expõe também a sua visão do amor. O que nos vai interessar neste texto são principalmente os aspectos formais; de fato vamos estudar as estrofes, os versos, as rimas, o ritmo, etc. O poema Amar, é composto por quatorze versos, duas quadras e dois tercetos, é então claramente um soneto. Os versos são todos decasilabos e foram obtidos através da utilização de varias liçenças poéticas. Temos, num primeiro tempo a elisão que é a supressão duma vogal por ligação e que é o processo mais utilizado aqui, o que podemos ver no verso 1 que/ro a/mar/, a/mar /per/di/da/men/te!), no verso 7 ("Quem/ di/sser/ que/ se/ po/de a/mar /al/guém/"), no verso 8 Du/ran/te a /vi/da in/tei/ra é/ por/que/ men/te"), no verso 9 u/ma/ pri/ma/ve/ra em/ ca/da/ no verso 12 E /se um/ dia/ hei/-de/ ser/ cin/za e e no verso 13 se/ja mi/nha/ noi/te u/ma al/vo/ra/da"). [...]
[...] Efectivamente, o recurso frequente à exclamação assim como à interrogação cria um ritmo rapido que traduz o entusiasmo e a exaltação do sujeito poético. Esta velocidade do ritmo é também criada pelas frases curtas e pela utilização de palavras isoladas em exclamações ou interrogações: "Amar! Amar" (verso "Recordar? Esquecer? Indiferente!" (verso5). Pelo contrario, as reticências utilizadas no segundo, terceiro, quinto e décimo-quarto verso têm tendência a desacelerar um pouco o ritmo porque obrigam, no momento da leitura, a uma pausa. O ritmo é também dado pela acentuação dos versos, isto é pelas silabas tonicas presentes nos versos. [...]
[...] Para concluir podemos então dizer que o poema Amar de Florbela Espanca, é um poema de forma regular e que mostra a importância da regularidade para a poetisa dado que para chegar ao seu objectivo, utilizou licenças poéticas. Esta regularidade assim como outros elementos dos quais jà falei, dão realmente uma impressão de harmonia relativa ao tema que é o amor. Este estudo da forma do poema ajuda-nos a entender o poema e a interpretar os sentimentos do sujeito poético. [...]
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